Dirigir uma abertura é uma tarefa extremamente difícil. Sacrificar seu tempo livre, sua paciência, seu suor e suas lagrimas para guiar jovens eufóricos e entusiasmados para o palco é algo que só alguém com muita força e determinação consegue. Entrevistamos Edson Saraiva, bicampeão da abertura da SEMADEC e vice-campeão da abertura de 2015/16 com "O Clássico Nunca Perde a Classe". Nessa entrevista ele fala sobre suas preocupações, dificuldades e emoções durante esse ultimo espetáculo, as quais, no geral, espelham os sentimentos de qualquer grande teatrólogo que aceita esse desafio e veste a camisa de seu curso.
Entrevistador: Quais motivos fizeram você aceitar o desafio de comandar Informática na abertura da SEMADEC?
Edson Saraiva: Essa foi a minha terceira SEMADEC, terceiro ano que eu estou responsável em direcionar um espetáculo de abertura, mas parece que todo ano que eu sou convidado a estar à frente de um curso é como se fosse algo novo. Para mim, fazer a abertura da SEMADEC é como se eu vestisse a camisa do curso, é como se eu me tornasse um daqueles alunos e passasse a sonhar junto e quando eu soube que Informática queria que eu fosse o teatrólogo, mais uma vez, foi uma honra. Ter um curso esforçado e cheio de talentos, como é o de Informática, é muito gratificante. Para mim, foi e sempre é uma aprendizagem pegar uma abertura de SEMADEC, é um desafio e, assim, existem vários outros trabalhos pela cidade, mas fazer uma abertura é algo diferenciado. Então, primeiro, porque eu sabia que os meninos têm a gana de fazer algo bacana independente de colocação e, segundo, porque eu creio que a educação aliada a cultura é algo que pode modificar uma sociedade, e por isso eu fechei o contrato e pude perceber o quão bom foi esse processo, o quão evolutivo foi tanto para mim, como para eles.
Entrevistador: Quais foram as maiores dificuldades na preparação da abertura?
Edson Saraiva: As maiores dificuldades foram os horários incompatíveis das turmas, por eles serem de turnos diferentes, e o espaço para ensaiar, pois o espaço que a escola disponibiliza é muito precário.
Entrevistador: O que mais te agradou durante a preparação da abertura?
Edson Saraiva: As amizades feitas, a vontade dos alunos em se superar, a postura de guerreiros que eles tiveram de vender rifas para custear a abertura.
Entrevistador: O que você achou do resultado final?
Edson Saraiva: Todos os cursos deram seu melhor, e foi notório a vontade de encantar. Creio que o resultado final ficou apagado com o quão bom foram as apresentações. Acho que os jurados ficaram encantados e esqueceram de pontuar conforme deveriam.
Entrevistador: Valeu a pena ter aceitado esse desafio?
Edson Saraiva: Sempre vale, o sentimento de orgulho, de gratidão, de felicidade nos invade. E ver tudo que foi posto nos ensaios sendo realizado com êxito é algo indescritível. Fazer uma abertura com Informática é aprender mais do que ensinar, é um sentimento inenarrável. A vontade que eles ensaiam, correm atrás de cenário, figurino, etc, é algo indiscutível. No final aprendemos a amar cada um daqueles componentes e por isso tudo vale a pena.